Investimentos de empresas em ações inovadoras ficam estáveis

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As 132.529 mil empresas brasileiras, consideradas inovadoras com 10 ou mais trabalhadores, investiram em 2014, R$ 81,5 bilhões em atividades inovadoras, o que corresponde a 2,54% da receita líquida total das vendas no mesmo ano. Na indústria, essa relação foi de 2,12%, menor patamar histórico já registrado.

As informações constam da Pesquisa de Inovação (Pintec) 2014, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (9) com informações sobre o esforço de empresas dos setores da indústria, serviços e eletricidade e gás, entre 2012 e 2014, para a inovação de produtos e processos.

Os investimentos, ainda em patamares baixos na avaliação do IBGE, só não foram menores porque entre 2012-2014, 40% das empresas inovadoras receberam algum apoio do governo para suas atividades inovativas, proporção maior que a do período 2009-2011 (34%).

Na edição atual da pesquisa, atingiu-se o número de 17,3 mil empresas industriais utilizando algum incentivo público para desenvolver suas inovações de produto ou processo, número 21% maior do que o verificado no intervalo anterior 2009-2011.

Os dados do IBGE indicam que, do total de empresas investigadas, 36% (o equivalente a 47.693) fizeram algum tipo de inovação em produtos ou processos, taxa próxima aos 36% do triênio anterior (2009-2011).

Os números refletem “a crise econômica e a instabilidade política” que o país vem enfrentando, no primeiro caso, desde a crise econômico-financeira internacional iniciada em 2008 e, no segundo, por conta da instabilidade política decorrente do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Housseff.

Mesmo apresentando uma certa estabilidade entre os dois períodos, os investimentos em inovação no país ainda se encontram em patamares “bastante baixos” na avaliação da pesquisa do IBGE.

Isto decorre de um conjunto de fatores porque, os gastos com inovação, em particular com P&D [pesquisa e desenvolvimento], estão sujeitos a um nível de incerteza bastante alto e exige investimentos igualmente elevados.

Então, quando se tem uma conjuntura desfavorável as empresas se retraem. A Pintec 2014 é enfática na constatação de que os principais obstáculos à inovação no país foram econômicos.

O elevado custo, como em todas as outras edições da pesquisa, ocupou o primeiro posto como obstáculo à inovação na indústria (86%), seguido pelos riscos (82%) e pela escassez de fontes de financiamento (69%).p-e-industria

O IBGE ressaltou que apenas 5% das empresas envolvidas na pesquisa investem em inovação, embora elas representem 30% dos gastos com o setor. Do investimento de R$ 81,5 bilhões em inovação feito pelas empresas em 2014, 30% (R$ 25 bilhões) foram aplicados em atividades internas de pesquisa e desenvolvimento.

Por ser um fenômeno complexo, cujas atividades são geralmente motivadas pela busca do lucro diferenciado, a inovação contém um elemento fundamental de risco e incerteza. Em consequência, é forte a participação governamental nos investimentos em inovação. Os dados da pesquisa do IBGE, por exemplo, indicam que, entre 2012-2014, 40% das empresas inovadoras receberam algum apoio do governo para suas atividades inovativas, proporção maior que a observada no período 2009-2011 (34%).

O principal mecanismo utilizado no intervalo 2012-2014 foi o financiamento para compra de máquinas e equipamentos, contemplando 30% das empresas inovadoras, valor um pouco acima do constatado no triênio anterior.

Foi exatamente esta participação do governo que impediu uma queda maior nos investimentos nas atividades inovadoras das empresas.

Mais de 40% das empresas inovadoras receberam algum tipo de apoio governamental, então isto segurou os números que poderiam ser piores se não houvesse este apoio.

Ao fazer uma análise setorial, tomando como base a atribuição feita pelas empresas de importância alta ou média para as atividades de inovação, a aquisição de máquinas e equipamentos continua sendo a mais relevante para a indústria e abrange 74% delas que admitem a importância da aquisição de máquinas e equipamentos para a dinamização e ampliação de sua produção.
Uma das novidades do estudo do IBGE aborda a presença de mulheres nas áreas de inovação das empresas.

Elas têm predominância nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, mas as Ciências Exatas são dominadas pelos homens.

sergio-nigro-patrocinador

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