Certa vez, um anúncio vinculado em um dos jornais de Kansas dizia: “Eu vou ouvir você falar por 30 minutos, sem qualquer comentário, por cinco dólares.” E não se tratava de brincadeira. Não demorou muito para que o anunciante estivesse recebendo de 10 a 20 chamadas por dia.
A solidão é uma realidade. E a dor é tão afiada que alguns realmente estão dispostos a tentar qualquer coisa por um pouco de companheirismo. A solidão é uma experiência dolorosa e assoladora que já tem sido considerada o grande mal deste século, atingido pessoas de todas as idades, camadas sociais e crenças. Ninguém está imune ao seu impacto devastador.
Entre os vários fatores e sentimentos que podem levar alguém a passar pela experiência da solidão, há cinco causas que se destacam e que merecem a nossa consideração. É o que eu chamo de OSTRA.
Oposição
Quando nos sentimos atacados, ameaçados, intimidados, ridicularizados ou criticados, há uma tendência para o recolhimento, para o isolamento e a fuga. Tais atitudes podem contribuir para o surgimento do fantasma da solidão.
Separação
Fomos criados para estar juntos. Vivemos e interagimos em comunidade. Separações provocadas por convocações militares, trabalho, doenças incuráveis e contagiosas, divórcios ou morte, podem provocar a solidão.
Transição
A vida é cheia de fases de transições e reveses, conquistas e fracassos. Começa com o nascimento. Depois vem a vida estudantil, profissional, familiar, social, espiritual, e o período da chamada terceira idade. O ciclo da vida, necessariamente, passa por constantes mudanças o novo sempre causa medo e insegurança no processo de adaptação. Se não estivermos preparados para compreender e absorver com equilíbrio e tranquilidade as mudanças que surgem podemos ser abalados e arrastados para a solidão.
Rejeição
Quando somos traídos, esquecidos, abandonados ou rejeitados, o abatimento pode nos envolver em uma profunda solidão. Também é possível que a situação abale nossa auto-estima, nos fazendo sentir excluídos e indesejáveis, incapazes de sermos aceitos pelos familiares, amigos, companheiros. Isso pode nos mergulhar em uma crise de solidão.
Auto-comiseração
Ao lidar com a baixa auto-estima, algumas pessoas podem ser conduzidas pelo sentimento destrutivo de terem pena de si mesmas. Tornam-se prisioneiras no seu próprio mundo. Para elas não vale a pena se esforçar. Será inútil agir. É melhor refugiar no seu infortúnio, na sua própria solidão – o verdadeiro modo de vida que eu chamo de ostracismo. Este estágio é o pior de todas as solidões.
Venha me ver
“Venha me ver logo que puder. …ninguém ficou comigo; todos me abandonaram.” (2 Timóteo 4:9, 16)
Este pedido desesperado por atenção foi feito por um dos maiores nomes do cristianismo, o apóstolo Paulo, em um dos momentos mais escuros de sua vida. Quando prisioneiro em Roma, ele se deparou com muitas circunstâncias que o levaram à solidão. Em 10 versículos desse capítulo podemos ver a amargura e a dor que o apóstolo Paulo experimentou decorrentes da rejeição, separação e oposição que enfrentou. O seu pedido a Timóteo é quase uma súplica.
Em seu calabouço físico e emocional, o apóstolo Paulo encontrou forças para enfrentar a sua solidão. “Mas o Senhor ficou comigo, me deu força… O Senhor me livrará de todo mal e me levará em segurança para o seu Reino celestial. A Ele seja dada a glória para todo o sempre! Amém!” 2 Timóteo 4:16, 17 NTLH
A força que Paulo encontrou para enfrentar aqueles momentos difíceis veio de Deus. Você também pode ter acesso a este poder que é capaz de lhe ajudar a atravessar os momentos solitários da sua vida! Você pode encontrar a força necessária para enfrentar os calabouços emocionais.
Por que não buscar esse poder agora?
Deus eterno, quando não temos palavras e forças para enfrentar a nossa solidão, temos a esperança que o Senhor pode nos conceder poder para não naufragarmos em meio a oposição, separação, transições da vida, rejeição e auto-comiseração. Confiamos no Teu socorro.
Lembre-se:
“O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem do Senhor”. Provérbios 16:1
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